A produção industrial do Maranhão apresentou retração de 7,9% no acumulado de janeiro a fevereiro de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados constam no Boletim da Produção Industrial – fevereiro de 2025, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), com base na Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O desempenho colocou o Maranhão na 14ª posição entre os 17 estados analisados. O resultado negativo foi influenciado principalmente pela queda de 5,7% na Indústria de Transformação, que responde por 88,4% do total da produção industrial do estado. A Indústria Extrativa registrou uma retração ainda mais acentuada, de 24,5% no mesmo período.
Segundo o economista José Henrique Braga Polary, coordenador de ações estratégicas da FIEMA, “o desempenho da indústria maranhense neste início de ano reflete um contexto de desafios estruturais e conjunturais. A retração significativa na Indústria Extrativa, somada à queda na Indústria de Transformação, indica a necessidade de estímulos mais consistentes à atividade produtiva local. É fundamental ampliar a competitividade dos nossos setores industriais e buscar maior integração com cadeias produtivas regionais e nacionais para mitigar oscilações e impulsionar a retomada do crescimento.”
No cenário nacional, a produção industrial brasileira apresentou crescimento de 1,4%, impulsionada pela Indústria de Transformação, que avançou 2,5%. Entre os estados, os melhores desempenhos foram registrados por Santa Catarina (7,6%), Rio Grande do Sul (3,5%) e Paraná (3,3%).
Na região Nordeste, o recuo foi de 3,8%, influenciado pela queda de 4,1% na Indústria de Transformação. Mesmo com o crescimento de 3,8% da Indústria Extrativa, a região não conseguiu evitar o resultado negativo. No contexto regional, o Maranhão ficou atrás apenas da Bahia, que teve crescimento de 1,6%, e do Ceará, com leve retração de 0,1%.
Atividades
Entre as atividades industriais maranhenses com maior impacto negativo estão a Produção de Alimentos (-5,4%), com redução na fabricação de sobremesas prontas, produtos de padaria e confeitaria, farinha de trigo e queijos frescos; o setor de Bebidas (-14,3%), afetado pela queda na produção de refrigerantes, cervejas e chopes; e a Produção de Papel e Celulose (-18,5%). A Produção de Cerâmica, concreto e brita teve redução de 3,1%, devido à menor produção de cimento Portland e artefatos de cimento ou pedra.
Destaca-se, no período, o desempenho positivo da Metalurgia, que apresentou crescimento de 3,2%, resultado associado ao aumento na produção de óxido de alumínio, em função da elevação da demanda internacional.
Fonte: IBGE