Jefferson Miller Portela e Silva, ex-secretário de Segurança Pública do Maranhão e derrotado nas eleições de 2022, segue acumulando polêmicas e suspeitas de irregularidades. Agora, rebaixado a um simples delegado, Portela demonstra que sua incompetência não se limitava apenas ao comando da segurança pública, mas também à sua atuação como servidor estadual.
Após uma gestão desastrosa à frente da Secretaria de Segurança Pública, ele reassumiu o cargo de delegado da Polícia Civil no 2º Distrito Policial do bairro João Paulo, em São Luís, onde permaneceu até a última segunda-feira (10). No entanto, em vez de cumprir sua função e prestar serviços à sociedade, Portela foi rapidamente “resgatado” por uma manobra política e transferido com ônus para a Vice-Governadoria do Estado, onde, na prática, não deverá exercer nenhuma função policial.
As polêmicas envolvendo Jefferson Portela não param por aí. Ele é alvo de denúncias de que recebeu diárias irregulares enquanto esteve mobilizado no Ministério da Justiça e Segurança Pública, em Brasília. Além disso, documentos apontam que ele continuou recebendo salário como professor III da Secretaria de Estado da Educação, sem jamais ter pisado em uma sala de aula.
Diante da suspeita de acúmulo irregular de funções e possível prejuízo ao erário estadual, o Ministério Público Federal (MPF) analisou o caso e concluiu que, no âmbito federal, não haveria irregularidades formais para punição. No entanto, identificou indícios de incompatibilidade de horários e dano financeiro aos cofres estaduais, encaminhando a denúncia ao Ministério Público do Maranhão (MPMA) para investigação.
A transferência de Portela da delegacia para um gabinete na Vice-Governadoria é um escárnio com a população maranhense. A manobra política garante a ele um salário sem a necessidade de prestar serviço efetivo como delegado. A grande questão que fica é: um delegado serve melhor à sociedade dentro de uma delegacia ou escondido em um gabinete político?
Jefferson Portela deveria ter vergonha do desserviço que presta ao Maranhão, utilizando apadrinhamentos políticos para evitar trabalhar em sua real função. Agora, cabe ao Ministério Público do Maranhão decidir se abrirá uma investigação formal para apurar a extensão do prejuízo causado por ele aos cofres públicos do estado.
Os Dados do Sinesp mostram como foi o desempenho abaixo de Jefferson Portela no 2º Distrito Policial do João Paulo.