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Felipe Camarão: coerente ou oportunista?

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A ida do vice-governador Felipe Camarão para o Partido dos Trabalhadores seguindo, na época, orientação do ex-governador Flávio Dino, hoje ministro do STF – vem causando um enorme constrangimento aos históricos da sigla. A falta de identidade com o PT de Lula não é novidade, já ´que a trajetória de vida fala por si só, mas saltou aos olhos após informações alardeadas pelos próprios liderados.

No último dia 28, aliados o definiram como “coerente” depois do anúncio retirando o apoio em Paço do Lumiar ao então “amigo”, o prefeiturável Fred Campos, que por sua vez comemorou a chegada do bolsonarista republicano, Aluísio Mendes ao seu projeto político.

No entanto, estranhamente, como se quisesse constrangê-lo, mostrar oportunismo ou sabe-se lá o quê, sete dias depois do “suposto afastamento”, além de noticiar, outra ala da imprensa foi mais além, fez questão de deixar claro a interferência do “outrora coerente” na decisão do Diretório Estadual, pelo placar de 17 a 1, de seguir com Campos, que assim como Mendes, é fã declarado do bozo.

Mesmo ausentes, o argumento usado pelos dirigentes estaduais que querem beneficiar a si e aos seus, como sempre, foi uma forte interferência do governador Carlos Brandão(PSB) e do vice petista. O certo é que entre todos os filiados nenhum enfrenta maior desgaste quanto Camarão, que de dia comanda homenagem aos movimentos sociais e à noite supostamente interfere para beneficiar um bolsonarista por manter relações pessoais ou comerciais, ninguém sabe ao certo.

Diante de todo esse imbróglio, a inquietação de tal posicionamento é gritante. No fingir dos ovos, Felipe Camarão é coerente ou oportunista? Essa é a pergunta que insiste em não calar.