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Ex-presidente Lula e Geraldo Alckmin aparecem juntos em evento público

Os dois estiveram em um jantar promovido por advogados, juristas e artistas.

Foto ― reprodução


O evento de fim de ano do grupo Prerrogativas – integrado por advogados, juristas e artistas – teve 400 convidados em um restaurante famoso na região dos Jardins, na área nobre da capital paulista. Com a venda dos convites, foram arrecadados cerca de R$ 200 mil. O valor será revertido em cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade social.

Mas a confraternização serviu de palco para dois políticos que já estiveram em lados opostos durante décadas: o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Foi a primeira aparição pública depois dos rumores da formação de uma chapa para as eleições do ano que vem.

Lula e Alckmin tiraram fotos juntos, cumprimentaram os convidados e seguiram para uma mesa em local reservado, onde jantaram. Governadores, senadores, deputados e outros políticos estiveram presentes. Líderes de partidos também compareceram e os pré-candidatos ao governo de São Paulo: Márcio França (PSB) e Fernando Haddad (PT).

O jantar com a presença dos dois políticos ocorre após Alckmin deixar o PSDB, na última quarta-feira (15.dez). A saída foi vista como um passo na formação da chapa com Lula. Mas, o ex-governador mantém uma postura discreta. Nas redes sociais, Alckmin disse estar em um tempo de mudança. “Nesses mais de 33 anos e meio de trajetória no PSDB procurei dar o melhor de mim. Um soldado sempre pronto para combater o bom combate com entusiasmo e lealdade. Agora, chegou a hora da despedida. Hora de traçar um novo caminho”, afirmou.

No discurso, Lula reforçou que os detalhes da eventual união para a corrida eleitoral não foram tratados. Disse que ainda não é o candidato oficial do PT. “Ainda não defini minha candidatura, porque estou com muito juízo. Eu sei da minha responsabilidade quando eu definir minha candidatura”, completou. O ex-presidente também não confirmou a possibilidade da formação da chapa com Alckmin, mas disse que a possibilidade existe. “Quem vai dizer se a gente pode se juntar ou não é o meu partido e o partido dele. Então a gente tem que ter paciência”, afirmou.

Geraldo Alckmin vem sendo cortejado por partidos políticos como o Solidariedade, liderado por Paulinho da Força. Outro partido de olho no ex-tucano é o PSB, de onde teriam começado as conversas para um acordo com PT. Mas, a legenda tem imposto condições do Partido dos Trabalhadores, como a retirada do nome de Fernando Haddad da lista de pré-candidatos ao governo de São Paulo, abrindo espaço para o ex-governador Márcio França, que é do PSB.

O PSD de Gilberto Kassab também apresentou convite. Mas a missão de Geraldo Alckmin no partido seria tentar voltar ao Palácio dos Bandeirantes. De acordo com uma pesquisa do Datafolha, divulgada no sábado (18.dez), em um dos cenários, Alckmin lidera a disputa com 28%. Fernando Haddad aparece em segundo, com 19% e Márcio França tem 13% das intenções de votos. O levantamento foi feito entre os dias 13 e 16 de dezembro e ouviu 2.034 eleitores. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

Além de Alckmin, o ex-presidente Lula falou da possível missão de recuperar o país a partir de 2023, caso seja eleito novamente. “Vou encontrar uma realidade de fome mais forte, inflação mais forte, descrença mais forte”, concluiu.

Fonte| SBT News