Alvo constante de ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), concedeu entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, no domingo (12).
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Dino traçou cenários para a corrida presidencial de 2022, da qual diz que não participará, e defendeu algumas de suas realizações à frente do governo do estado, para o qual se elegeu em 2015 e se reelegeu em 2018. No ano que vem, o ex-juiz federal e ex-deputado federal declarou que deve concorrer a uma vaga no Senado. A Lupa checou algumas de suas declarações. Veja o resultado a seguir:
“Nosso Ideb da rede estadual era um dos últimos do país. Nós hoje temos o terceiro do Nordeste. Chegamos na 13ª posição no último Ideb, quer dizer, saindo de 25º, 26º” – Flávio Dino (PSB), governador do Maranhão, em entrevista ao programa Canal Livre da TV Bandeirantes em 12 de setembro de 2021
De fato, o Maranhão ocupava a antepenúltima posição nacional (25ª) no Ideb do 3º ano do ensino médio estadual em 2005, quando o índice passou a ser calculado. No entanto, a melhora do estado nas estatísticas envolveu também o período de outras gestões. Em 2015, ano em que Dino assumiu o governo, o Maranhão chegou ao 19º lugar, com nota 3,1. Em 2019, com nota 3,7, o estado assumiu o 14º lugar. Na região Nordeste, está atrás de Pernambuco (3º) e Ceará (6º).
Na 8ª série/9º ano, em 2015, o Maranhão estava em 16º lugar, com nota 3,8. Em 2019, subiu para a 13ª posição, com nota 4,5. Nessa fase, também é o terceiro estado do Nordeste, atrás de Ceará e Pernambuco, empatados em 7º.
Entretanto, o estado retrocedeu no índice da 4ª série/5º ano durante o governo de Dino. Em 2015, ocupava a 23ª posição nessa categoria, com nota 4,3. Já em 2019, a nota recuou para 3,9, ficando apenas na frente de Roraima, que não teve índice registrado.
Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Maranhão informou que os dados do Ideb comprovam a “trajetória de crescimento na qualidade da educação pública” no estado e comemorou que os índices tenham melhorado novamente.
“O desemprego, nós estamos no 5º ano seguido de Caged positivo.” – Flávio Dino (PSB), governador do Maranhão, em entrevista ao programa Canal Livre da TV Bandeirantes em 12 de setembro de 2021
No entanto, os dados vão em outro sentido na perspectiva de outro indicador, o do desemprego, medido em nível estadual a cada três meses pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No segundo trimestre deste ano, o Maranhão bateu um novo recorde de desocupação: 17,2% das pessoas em idade de trabalhar estavam desempregadas e procuravam uma vaga no estado. É a maior taxa desde o início da série histórica, em 2012. O índice está acima da média nacional, de 14,1%.
Entre o primeiro trimestre de 2017 e o terceiro trimestre de 2019, a taxa de desocupação no Maranhão variou entre 13,3% e 16,3%, caindo para 12,1% no quarto trimestre de 2019. Entretanto, com o avanço da pandemia, o desemprego disparou para a casa dos 16,9% no terceiro trimestre de 2020, chegando ao patamar atual.
Fonte | Agência Lupa