Postulantes por sucessão ao governo travam guerra fria

Brandão, Weverton e Simplício em busca da viabilização política


É inegável que pelo menos três nomes do grupo do governador Flávio Dino (PCdoB) travam uma guerra fria para ser o indicado para disputar a eleição como candidato ao Palácio dos Leões em 2022. Claro, cada um joga com as armas que tem.

O pedetista, senador Weverton Rocha (PDT) busca sua viabilização e não tem medido esforços para alcançar o objetivo. Na ânsia do poder, o parlamentar vem se relacionando com gregos e tiranos, a fim de manter uma base sólida até o pleito. Mesmo que desagrade boa parte de aliados mais esquerdistas do grupo, a intenção de Rocha é forçar a adesão de Dino e do resto dos aliados ao seu nome. Encontros com Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados e conversações com Flávio Bolsonaro, o filho 01 do presidente Bolsonaro distanciam o comunista da escolha pelo nome de Weverton.

Por outro lado, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), nome natural  para a sucessão, tem dados passos largos e firmes rumo a uma viabilização mais tranquila e de consenso entre a maioria dos dinistas. O tucano já tem atuado como governador de fato e tem aproveitado bem as oportunidades ao lado do comunista.

Atualmente, Brandão tem ao seus lado diversos secretários de estado que devem endossar apoio a unificação em torno do vice. Até abril, quando terá o poder da caneta de fato, o tucano deve estar mais fortalecido para uma eventual quebra de braço.

Correndo por fora, o secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, comandante do Solidariedade, também busca ser indicado por Flávio Dino. Mesmo ciente que as possibilidades são mínimas, o ex-deputado federal tem dito aos mais próximos que está no páreo e tem buscado diálogo. Com uma boa estrutura mantida pela pasta que cuida, Araújo trabalha nos bastidores a fim evidenciar seu projeto.