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PF liga Nelma Sarney a esquema de fraudes no TJMA e cita influência de Edilázio Júnior

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DO SITE MARRAPÁ – A Polícia Federal aponta a desembargadora Nelma Sarney como peça-chave de um esquema de corrupção no Tribunal de Justiça do Maranhão, com participação direta do ex-deputado federal Edilázio Júnior, seu genro. O inquérito 1636/DF, enviado ao Superior Tribunal de Justiça em 6 de fevereiro, detalha como a magistrada facilitava a redistribuição de processos e nomeações estratégicas para beneficiar um grupo de advogados e juízes que manipulavam decisões judiciais e desviavam valores milionários do Banco do Nordeste.

Mensagens extraídas do celular de Nelma mostram que Edilázio influenciava diretamente suas decisões. Em um dos diálogos interceptados, o deputado ordena que ela conceda efeito suspensivo parcial em um caso do Banco do Nordeste, impedindo qualquer saque de valores até o julgamento do agravo de instrumento. Minutos depois, a desembargadora repassa a determinação para sua assessora, Carol Jorge, que redige a decisão nos mesmos termos. Outra conversa indica que familiares do advogado Francisco Xavier, beneficiado com decisões milionárias, procuraram Edilázio para que ele intercedesse junto à desembargadora em um processo específico.

A investigação mostra que, em 2015, Nelma usou sua posição de corregedora do TJMA para direcionar o processo 217/1983, que resultou no pagamento de R$ 14 milhões a advogados ligados ao esquema. Para isso, editou cinco portarias em menos de um mês, nomeando e destituindo juízes até que a ação caísse nas mãos de Alice de Sousa Rocha, também investigada, responsável por assinar o alvará fraudulento. Anos depois, já como desembargadora, Nelma participou do julgamento da apelação 34.227/2019, que garantiu honorários milionários a Francisco Xavier, votando ao lado de Antônio Pacheco Guerreiro Júnior e Luiz Gonzaga Almeida Filho em uma decisão contrária ao parecer do Ministério Público.

As movimentações financeiras de Nelma Sarney também levantaram suspeitas. A PF identificou que, no período analisado, a desembargadora recebeu mais de R$ 412 mil em depósitos sem identificação de origem. Seus gastos com cartão de crédito, além disso, eram incompatíveis com sua renda declarada. O relatório destaca que processos envolvendo o Banco do Nordeste aparecem com frequência nas conversas entre Edilázio e Nelma, reforçando a influência do deputado sobre as decisões da magistrada.

Com a conclusão do inquérito, o caso segue para o STJ, que pode determinar novas medidas contra os investigados. A PF já solicitou o aprofundamento das apurações sobre o envolvimento direto de Edilázio e o bloqueio de bens dos envolvidos.